Quarta-Feira, 17 de Agosto, 2016.

Quem nunca falou, será?

Em Mateus 21, verso 21 Jesus fala que se tivermos fé e se não duvidarmos, não só faríamos coisas como ele fez com a figueira, faríamos mais. A dúvida sempre está ao nosso redor, ainda mais quando precisamos saber se o que acreditamos, o que estamos passando ou fazendo vem do Senhor, e se, realmente é Ele que está nos dando esse comando. Quem nunca falou, será? Em Gênesis eu consigo capturar essa imagem, quando Eva é questionada pela serpente a respeito do fruto. Aqui vem uma lição; a serpente usou a verdade sem a Verdade (Amor) para distorcer o contexto do que Deus havia aconselhado Adão e Eva. Em Mateus 4, Marcos 1, e Lucas 4 narram o mesmo enredo sobre o duvidar, mais com pontos diferentes. Contam sobre Jesus ser tentado por satanás no deserto. E Jesus foi. Três vezes satanás questiona a identidade de Jesus. Se tu és filho de Deus. E algo que não posso deixar passar é que, em Mateus, 3, verso 17, uma voz (Deus) dos céus diz que Jesus é o filho a quem Deus tanto ama. Engraçado não ? Deus afirma e satanás duvida.

Então o diabo o deixou, e chegando os anjos o serviram, e assim encerra essa narrativa.

É bem claro que a dúvida não deixará de vir, não importa, algum momento da nossa vida ela vai bater a porta. E para nós, missionários de tempo integral que não tem uma remuneração, um salário fixo ou algo relacionado a uma estabilidade financeira, ela parece ser mais constante. Pode ser, que para outros não seja nem a questão financeira, mais o de fazer, de agir, decidir e etc. Além de Eva e de Jesus, temos outros personagens da bíblia que passaram por situações semelhantes, E isto não seria diferente em nossos tempos. Hoje mesmo, me peguei num contexto que eu estava duvidando da Palavra de Deus. Duvidei da palavra do Senhor e tive medo. Então, corri ao Senhor em busca de auxilio, fui orar, sondar meu coração e ouvir Deus. Sentei me a mesa e fui meditar sobre Mateus 21, aonde o Senhor me levou  lembrar da figueira, da fé e da dúvida.

Duas pinturas de contextos semelhantes e em momentos bem distintos na história da humanidade que tem um fator em comum que citei das duas histórias entre Eva e Jesus. A dúvida. Porém a pessoa de Jesus, através da sua própria palavra nos ensina a como lidar com circunstâncias como estas. Uma delas é narrada em Marcos 4, versículo 35, sobre Jesus acalmar a tempestade. Jesus dormia e os discípulos o acordaram com medo da tempestade, Jesus os repreendeu e ali E’le me mostra o quão tinha certeza a respeito da sua morte. Ele não iria morrer afogado,ele iria ser crucificado. Pedro e João foram interrogados pelo Sinédrio em Atos 4, e ainda assim, não duvidaram em momento algum, suas respostas ao Sinédrio está no versículo 20 (Pois não podemos deixar de falar do que temos visto e ouvido) Por fim, em Lucas 12, Jesus nos adverte, Buscai primeiro o Reino de Deus.

Nesse processo comecei a entender que o Senhor queria me falar algo, então lembrei me de todas as palavras que tínhamos recebido de irmãos e amigos que oraram por todo o nosso processo no Brasil antes de chegarmos aqui na Inglaterra. (Ha!, como esses pequenos rascunhos que foram escrito com tanto amor, vale mais do que qualquer dinheiro no mundo!) Peguei os papeis e olhando para eles sobre a mesa, lembrei me que alguns meses atrás estávamos no Brasil, sonhando com o que Deus tinha sonhado para nossa família na Inglaterra. E sua Palavra nos moveu do Brasil e isto não é o fim de um ciclo ou processo, é a continuação da construção do caráter de Deus em nós.

Minha aplicação pessoal desse momento sobre duvidar, vem de Romanos 5. “Gloriarmos nas tribulações, pois as tribulações produz perseverança, e a perseverança nos traz a experiência, que por sua vez nos gera esperança. E na esperança, não existe confusão, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações.”

E por fé, esperamos o momento em que satanás vai embora, e os anjos do Senhor vem nos servir por nossa fidelidade a E’le pela sua Palavra!

Domingo, 3 de Agosto, 2015.

similiāntia

“Nossa Thiago, você está igual há um árabe!”

Era domingo, estava com o carro parado na frente da casa de um amigo Sírio, que, por causa da guerra, se refugiou com sua família aqui no Brasil. Ao entrar no carro e me ver, sua reação foi de falar (e de espanto foi para mim) de que eu estava igual há um árabe! Se você hoje for me ver pessoalmente, vai perceber que estou com algumas fisionomias que lembram árabes, a principal de todas, a barba grande.

Ha 3 anos atrás, participei de um curso aqui em nosso Centro de Capacitação de Lideres, JOCUM-C.C.L , que o objetivo era de gerar um projeto de vida, no qual, nele teriam meus valores, meus alvos, minha missão de vida e etc.. Após três meses, conseguir concluir com êxito essa escola que chamamos de EPOL (Escola Para Obreiros e Lideres) descobrindo uma nova fase da minha que nem eu mesmo sabia! Refugiados,. Meu projeto de EPOL era focado em refugiados. Porém, a escola passou, e com isso alguns anos se passaram também, tão rápido que nem me dei conta, na verdade, quando me dei conta, estava tão envolvido com o meu projeto que me vi similiāntia a eles, ou seja, semelhantes a eles.

No meio desse ano de 2015, fui fortemente intensionado pelo Espirito Santo para fazer um curso de nível avançado de fotografia aqui em Curitiba. Hoje, também estou envolvido no cenário de fotografia aqui da capital paranaense, onde tive o privilégio de expor meus trabalhos em um livro que lançamos no final de 2014, chamado RODA de FOTÓGRAFOS, nesse livro você encontra fotos minhas relacionadas ao infanticídio Indígena e Aborto. Dessa roda fiz amigos, amigos que não tem a mesma visão de religião, mais a mesma paixão, DOCUMENTAR ATRAVÉS DAS FOTOS,  E a direção de Deus para mim, foi de fazer o curso chamado, FOTOGRAFIA VISCERAL, que tinha como sua base a vocação como missão. E através dos amigos que fiz nesse curso que foi possível materializar todo o início do meu projeto para com os refugiados,.

Estou me dedicando em documentar o cotidiano de algumas famílias de refugiados aqui em Curitiba. São Sírios e armênios, pessoas comuns que deixaram seus sonhos e uma vida inteira por causa da guerra, mais que são extraordinárias em ensinar sobre reaprender a viver em uma nova cultura, nova lingua mesmo com todas as dificuldades que a guerra lhe propuseram.

 Sábado, 07 de Fevereiro, 2015

Mais ela representa a minha própria vida, a minha própria tentativa expressa de entender, conhecer e vivenciar o sentimento do outro.

Apesar de já ser passado, gostaria de compartilhar aqui um presente que Deus nos presenteou durante o ano de 2014. Além dos fotógrafos que tenho grande admiração e carinho, agora o nosso Livro,  o primeiro livro da Roda de Fotógrafos aqui de Curitiba. No final do ano passado, podemos realizar o lançamento do nosso livro coletivo, no MON – Museu Oscar Niemeyer aqui de Curitiba. Cada fotografo mostrou através de suas fotos um pouco de quem eles são, e o que eles acreditam. No meu caso não poderia ser diferente, como seguidor de Jesus Cristo e por ter a Bíblia Sagrada como manual de vida, busquei através das fotos revelar algumas questões que tem sido falada como, Aborto, infanticídio e que acreditamos que vão contra os valores de vida que Deus deixou para a humanidade.

Acredito que eu não posso carregar esse mérito sozinho, apesar de ter capturado esses momentos decisivos, tudo isso foi possível pela participação de outras pessoas que não posso deixar de mencionar. Ao André Barbosa, por me levar ao norte do Brasil e ter a paciência e me ensinar “regras fotográficas” dentro do avião, e permitir que eu pudesse usar sua câmera. Ana Paula, muito obrigado pelo convite e permitir que eu pudesse fotografar vocês durante aquele tempo em Berlim. Vocês foram parte desse processo e o resultado final está ai impresso, o lugar aonde toda fotografia deveria estar!

Muito obrigado.

 Segunda-Feira, 20 de Outubro, 2014

“Quando o mundo se tornar confuso, me concentrarei em fotografias. Quando as imagens se tornarem inadequadas, me contentarei com o silêncio.”

Essa frase é de um fotografo americano chamado Ansel Adams conhecido por quase todos os fotógrafos do planeta. E hoje acredito que posso me identificar com a frase do Adams. Todos tem uma forma de expressão, e a minha é visual, é a fotografia, e a fotografia faz isso muito bem. Ela identifica, denuncia, revela todos os tipos de sentimentos que a humanidade pode sentir e viver. Jesus se identificava com as pessoas com quem ele se aproximava, e não o contrário. E é assim que me sinto na fotografia.

Com o passar dos anos acredito que a fotografia não é UMA ferramenta (como muitas vezes já afirmei que era), mais ela representa a minha própria vida, a minha própria tentativa expressa de entender, conhecer e vivenciar o sentimento do outro. E aqui em Curitiba, tenho recebido muita luz através das histórias que amam a fotografia assim como eu. Roda de Fotógrafos é seu nome,. Existe todo tipo de fotografo lá, literalmente é uma roda, não tem hierarquia, tem os mais velhos que ensinam e incentivam os mais novos, não tem o melhor, porque o melhor, são quando estamos juntos ouvindo a história do outro.

A roda acontece no MON a cada uma vês ao mês., Ha, o que é MON mesmo ? Museo Oscar Niemeyer. E agora, nós dessa grande Roda, estamos sonhando com um projeto,. Um livro fotográfico impresso, com o trabalho dos fotógrafos da própria roda. Estamos na reta final do projeto, já estamos deixando de sonhar e vendo o livro tomar forma, porque já estamos alcançando o objetivo necessário para confeccionar. Tudo isso vai ser realizado de forma colaborativa, hum? Isso mesmo, Pessoas que acreditam no projeto estão sendo os investidores. Para saber mais, só acessar – www.benfeitoria.com/rodadefotografos

SATISFAÇÃO – Segunda-Feira, 11 de Agosto, 2014

“Qual é sua palavra do dia?

Após o tempo com as crianças na comunidade, voltamos ao mesmo ponto de encontro, que é na praça da Ucrânia, e lá, fizemos um círculo, e uma das responsáveis pela dinâmica nos faz uma pergunta;

Descreva o dia de hoje, com uma palavra.

Uma vez por mês, vou fotografar uma comunidade chamada, comunidade da Ilha, em Almirante Tamandaré, região metropolitana de Curitiba. Uma comunidade de catadores e filhos de catadores de material reciclavel junto com a ONG – Transforme Sorrisos. E neste ultimo domingo a frase, qual é sua palavra do dia, soou mais forte dentro de mim. Eu respondi, falei que era NOVIDADE assim como os outros voluntários também o fez. Aquelas palavras não ficaram soltas ao vento, elas me perseguiram e me persegue até agora,.

Acredito que Jesus está me convidando a descobrir todas as manhãs uma PALAVRA para cada dia da semana, e vivencia-lás.

E o que eu tiro de lição sobre essa inquietação é que TODOS, precisamos de uma palavra para descrever nosso dia. Aprendi que as crianças da Comunidade da Ilha despertou e revelou a palavra de Novidade em mim, então isso significa que podemos despertar e revelar a palavra viva de Deus em cada pessoa que passa por nossa vida.

Minha alma estava inquieta até eu poder escrever esse texto e agora posso afimar que minha palavra do dia é SATISFAÇÃO,

e a sua ? Qua a sua palavra do dia ?

PARADIDOMI – Quarta-Feira, 9 de Abril, 2014

“O mundo salvo da maldade pela entrega.”

Nunca pensei nem imaginei sobre o poder de se entregar. O significado desta palavra em alguns dicionários diz ser, dar, restituir, confiar. O ato de se entregar em alguns contextos, pode significar um sinal de fraqueza, e quem quer ser fraco ?

Lembro me de uma situação em minha cidade em que eu achava que tinha sido injustiçado por um amigo, e que aquilo não poderia ficar daquela forma, me senti prejudicado e queria reivindicar! Depois de 2 anos, as escamas e o orgulho intrínseco veio a tona da minha arrogância e soberba. “Thiago, você está errado,.” Nossa que voz doce e suave! “A minha justiça é a certa, a minha graça é o equilíbrio sobre o ódio e a injustiça humana.”

Isto foi o que eu ouvir de Deus naquele dia. E como não se entregar ? Fraco? sim, fraco, essa é a definição para meu estado depois de ouvir este sussurro, e quem não ficaria ?

Hoje, acredito mais ainda de que a humanidade tem experimentado querendo, nós ou não, de Deus, não pela morte do seu filho, mais antes, pela sua ENTREGA.

Pai!, nas tuas mãos entrego o meu espirito. Depois de dizer isto, ele morreu.

Lucas, 23, vers 46b.

Thiago.